Produtos zero lactose torna consumo de leite ainda mais seguro

Cerca de 35% da população brasileira com idade acima de 16 anos tem algum tipo de desconforto digestivo, em pequeno ou maior grau, após o consumo de derivados do leite.

O problema, durante muito tempo, segundo explica a nutricionista Lys Anne Souza Araújo, fez com que milhares de pessoas que têm reações mais severas ao consumo de lactose abrissem mão de consumir leite e seus derivados. Ela esclarece, inclusive, que a intolerância  não é, necessariamente, uma doença, mas sim uma carência no organismo de alguns indivíduos na produção da enzima digestiva lactase, responsável por quebrar a lactose existente no leite.

“A introdução dos produtos zero lactose no mercado foi um avanço importantíssimo, porque permite introduzir um alimento de grande qualidade nutricional na alimentação desses alérgicos ou intolerantes”, revela a nutricionista ao destacar que o leite e seus derivados possuem proteínas de alto valor biológico, é uma boa fonte das gorduras boas e minerais.

Em termos de valores ou qualidade nutricional, o leite zero lactose não difere em nada do leite normal. “É um alimento pensado para substituir o leite com suas vastas qualidades nutricionais justamente para quem possui intolerância ou alergia à lactose, sem nenhum prejuízo nutricional”, aponta a especialista.

A produção do leite zero lactose é feita com a quebra deste açúcar característico do leite. Nesse processo de melhoramento, que dura aproximadamente 24 horas, utiliza-se enzimas denominadas lactase (Beta-D-galactosidae), que quebram a lactose transformando-a em glicose e galactose.

O leite, durante esse tempo, permanece dentro de um enorme balão de inox onde há “hélices” que misturam o líquido a ajudam a quebrar as moléculas de lactose. A enzima introduzida pela indústria faz, portanto, uma “digestão externa” da lactose.

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