No Brasil, cerca de dois milhões de pessoas têm a doença celíaca, mas muitos não sabem, de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA). Isto se deve à dificuldade em diagnosticar a enfermidade, que é causada pela intolerância ao glúten — proteína estrutural do trigo, cevada e centeio.
Em muitos casos, a doença celíaca poder ser confundida com distúrbios do intestino ou relacionadas à carência de nutrientes.
Os sintomas mais frequentes da doença celíaca são diarreia, excesso de gases e desconforto abdominal, além de fadiga e dor de cabeça. Nas mulheres, pode haver irregularidades menstruais.
Muitas vezes, os sintomas não são específicos e as queixas digestivas não são muito frequentes.
A doença celíaca é autoimune, ou seja, causada pelas próprias células de defesa do corpo, que agridem outras e provocam inflamação.
O diagnóstico é feito através de uma endoscopia digestiva com biópsia de duodeno, além de um exame de sangue.
Confira abaixo cinco sinais que podem indicar intolerância ao glúten.
Problemas gástricos – diarreias, prisão de ventre, produção excessiva de gases, estufamento abdominal e refluxo. Se o corpo é intolerante ao glúten, ao consumi-lo o organismo não consegue digerir a proteína, respondendo com esses sintomas indesejados.
Enxaqueca – o glúten atrapalha o metabolismo do corpo humano. Com o funcionamento mais lento, o organismo não consegue eliminar toxinas e favorece o aparecimento de dores de cabeça e enxaqueca.
Distúrbios neurológicos e energéticos – sentir fadiga, confusão, alteração de humor, depressão ou cansaço é um dos sintomas mais comuns e aparece principalmente após o consumo de glúten. A explicação é a dificuldade em absorver nutrientes por conta dos danos na mucosa intestinal.
Resistência insulínica e diabetes – o trigo possui a capacidade de elevar os níveis de glicose no sangue – o que dá início à montanha russa de glicose e insulina que estimula o apetite e promove acúmulo de gordura visceral. O ganho de peso leva à uma alteração na sensibilidade à insulina, condição fundamental para o desenvolvimento do diabetes.
Ansiedade, compulsão alimentar – as exorfinas derivadas do glúten tem potencial para gerar euforia, dependência e estimular o apetite.